Origem do BDP em minha Carreira
No ano de 1990 participei
de um processo seletivo para
ocupar a «Gerência Industrial» de uma unidade do grupo Van
Leer hoje Greif.
Trata-se de um dos maiores Grupos Mundiais fabricantes de
Embalagens Industriais com Matriz na Holanda.
Na seleção inicial, éramos em 56 candidatos e
o processo foi dividido em cinco etapas. Na segunda etapa éramos em 16 candidatos, na terceira ficamos em 8, na quarta etapa em 4 e na última etapa ficamos em 2 e Fui o «Premiado».
Falo que fui premiado pelo fato deste contrato ter sido um
dos mais importantes em
minha carreira de 45 anos. Foram 6 anos de grande aprendizado. Afinal, era um grupo que administrava 140
Fábricas no mundo com lucro.
Um belo dia, recebemos
a notícia que havia desembarcado no Brasil o Senhor Hans
Kuck como novo Diretor Industrial.
Hans Kuck assumiria
a Direção Industrial
de 17 Fábricas da América Latina.
Em 30 dias de Brasil Hans Kuck já falava
nosso idioma com elevada fluência.
Sua primeira providência foi reunir os Gerentes da América Latina em nossa Matriz em Sto Amaro SP. Sua abordagem
inicial foi escrever
em um Flip Shart
nossas principais Fraquezas
e Fortalezas e pontuá-las por peso de gravidade.
Com muita habilidade e profissionalismo, desenvolveu
rapidamente a leitura de nossos Pontos Fortes e Pontos Fracos. Começava ali um Mega
Projeto de Equilíbrio dos Indicadores da Cia em nível mundial.
O Primeiro Indicador Implementado foi o BDP Best
Demonstrative Pratice. O BDP reunia todos os Indicadores Gerenciais que
avaliavam as unidades de forma comparativa. Ou seja, cada Indicador era listado
em linhas e as filiais colocadas em Colunas em Planilhas Inteligentes (Hoje
seria EXCEL);
As filiais passaram a ser administradas de forma Panorâmica e
Comparativa. Cabia a cada Gestor fazer suas análises das pontuações recebidas em cada indicador e promover
as ações corretivas em suas unidades.
No bloco de fraquezas foram enunciados vários problemas como:
Salários, Benefícios, Absenteísmo, Turn over, Acidentes com Afastamentos,
Produtividade, Interrupções de Fábrica, Cifra de Qualidade,
Retrabalho, Segurança,Organização, Limpeza, uso de EPIs, etc;
Estes itens foram
transformados em Indicadores, analisados e monitorados sua evolução. Todos
os indicadores foram transformados em
perdas em dinheiro (R$) PON - Perda
de Oportunidades de Negócios.
Nota: Ao longo de UM
ANO com
apenas 5% das perdas recuperadas conseguimos melhorar
de forma substancial 90% da FRAQUEZAS;
Minha Conclusão Pessoal Sobre o Conteúdo:
Decorridos mais de 34 anos posso garantir que as ferramentas
citadas na época aplicadas, ainda não são utilizadas na
maioria das Grandes Marcas.
Posso afirmar que nos dias atuais as mencionadas ferramentas
são de fato REVOLUCIONÁRIAS, acredite!
L. LIMA
LL Consult
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